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domingo, 26 de junho de 2016

PALAVRAS CONSENTIDAS, LANÇAMENTO 19.06.2016

SOU CO AUTORA NA OBRA PORTUGUESA LANÇADA EM LISBOA DIA 19.06.2016
NÃO ESTIVE PRESENTE FISICAMENTE, MAS ESTIVE EM PENSAMENTO.
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quarta-feira, 22 de junho de 2016

CONTO DE PAULO MIGUEL NA OBRA > PALAVRAS (CON) SENTIDAS

PALAVRAS (CON) SENTIDAS
PAULO MIGUEL É CO AUTOR NA OBRA
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No indício do silêncio… 

Paulo Galheto Miguel

Numa altura em que estou só, igual a tantas outras; à mercê de adormecer; envolto nesta solidão redimido a esta parceira, cujo rosto é o momento, neste estar, quase escravidão de viver, mesmo sabendo a cor e o seu sabor…
 De tão tarde que é, já a própria noite se confunde, também ela de tranças moribunda, também ela refém das palavras, que sempre ficam por dizer… O cansaço faz das suas, por isso ele sonha, mesmo sem imaginar…

 Coloca-me no rosto, sem licença, uma expressão que sinto como uma ponta solta de cansaço, expressa num rasgado bocejo, onde quase me dissolvo… Não vou inventar desculpas para antecipar histórias ou letras, onde a vida ajoelhada se confessa… Espero, como quem sonha através deste silêncio baço, paládio das minhas memórias, por tudo aquilo que, muito devagar, me vai separando do tempo… Revejo, como um impulso, tudo aquilo que me ensinou de alguma forma a ter asas, sobretudo os sentimentos que em muito ultrapassaram a razão, os amores que me fizeram de miserável a mais forte, aquele que sempre saltava a maior das fogueiras, apenas para impressionar as moçoilas de saia curta e sapatos que se ajustavam vergonhosamente nos extremos…

Amargo exílio, que não quero voltar a passar por ti… A vida, é em boa verdade, isto: por mais que achemos, de algum modo, jamais estaremos sós, o que passou arrefecido de apegos, foi… Enquanto, o que for… Há-de, com toda a certeza, ser!...
Neca Machado www.paulogalheto.blogspot.com
A sua Poesia "sacrifica-se" pelo amor, por tudo aquilo que ficou por viver, e pela magoa e dor que o faz…
PAULOGALHETO.BLOGSPOT.COM|POR NECA MACHADO

CONTO DA NECA MACHADO NA OBRA PORTUGUESA > "PALAVRAS E SILENCIO"

PALAVRAS (CON) SENTIDAS
NECA MACHADO (DO EXTREMO NORTE DA AMAZONIA É CO AUTORA NA OBRA PORTUGUESA
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Neca Machado COM O CONTO 

> Palavras e silêncio 

Neca Machado

Aos 50 anos refiz uma trajetória de repensar valores. Antes tão crítica nas palavras soltas ao vento, tão prudente no pensar, aos poucos, o caminhar pelos anos traçou um novo curso de novas compreensões. 

A razão deu lugar a emoção. Palavras não tão ditas, nem tão amargas, nem tão amenas, consentidas na serenidade eram como caminhos a percorrer por lugares inimagináveis, a luz das fotografias era foco na memória eternizada no pensamento. O rosto assim se modificou, os olhos tinham novas funções, eram mais observadores e cheios de sabedoria, perfilavam antes das conceituações.
 E ele, soberano, reinava entre as emoções. O silêncio. Muitas vezes preferi o silêncio das horas, a contemplar lugares que antes, sem significação, tornaram-se tão importantes para o meu crescimento, um pôr de sol não era mais que um pôr de sol, era pura contemplação da Natureza sem palavras, com emoção, suas cores entrelaçadas de energia não precisavam de palavras, mas, sim, de sentimento. A chuva que caía na pequena floresta do meu quintal não era mais apenas um fenômeno da Natureza, era lirismo poético na alma trazida com o silêncio. Às vezes, abria os lábios em um sorriso enigmático onde somente eu e o silêncio fazíamos parte de um ritual, o segredo era nosso.

terça-feira, 21 de junho de 2016

CONTOS DA NECA MACHADO

Neca Machado adicionou 5 novas fotos.
2 min
ESTOU FINALIZANDO UM LIVRO SÓ DE CONTOS DA AMAZÔNIA
PARA PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA PELO MUNDO
(FOTOS E CONTOS DA NECA MACHADO.)
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Neca Machado A LUA ME CEGOU!

CONTOS DA BEIRA DO RIO AMAZONAS

Por > Neca Machado (Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Licenciada Plena em Pedagogia, Jornalista, Blogueira com 21 blogs na web, Quituteira.

A velha rua da Praia acordou com os gritos assustados de alguém que perambulava sem rumo, gritando em uma voz cheia de medo: “A Lua me cegou, a lua me cegou, a lua me cegou...”

Maltrapilho, descalço e parece CEGO.
Foi assim que o delegado de polícia da capital o encontrou, foi chamado por moradores que assustados pareciam petrificados sem entender a situação. O delegado abriu os olhos do coitado, e sem explicação nenhuma, dizia que não tinha nada ali, deve ser um “cisco” que caiu no teu olho, repetia. E o pobre Homem continua a gritar: “foi a lua, foi a lua, foi a lua…”
Foi levado num camburão da polícia para o Hospital geral que era o mais próximo da rua da praia. E por orientação medica foi mandado para o departamento de psiquiatria.
No outro dia, parentes avisados o procuram por lá, ainda estava cego.
A Mãe repetia que ele “era bom”, não tinha problemas nos olhos, que enxergava tudo, que andava sozinho por Macapá, que gostava dos puteiros e do quebra mar.
Mas, enfim, ele estava cego!
A cegueira repentina para ele tinha uma causa: “Foi a Lua”
Ainda meio tonto dos remédios que lhe deram, ele tentava lembrar de alguma coisa.
Disse que estava na frente do Mercado Central, que pegou um carreto de bananas e foi deixar na quitanda da Mulher, que nem sabia o nome, e que ela tinha lhe dado uns trocados, e que feliz foi tomar umas no boteco da esquina com uma morena que acabara de chegar no Igarapé das Mulheres e agora fazia “ponto” por ali...
Depois foram passear no trapiche, que naquela noite tinha uma bela LUA.
Ainda tentou fazer uma poesia, mas não era letrado.
De mãos dadas correram os dois pela Pedra do Guindaste, sempre fitando a Lua, redonda feita uma peteca azul dizia ele.
Parece que era meia noite.
E aí, foi quando lembrou que não enxergava mais.
A última visão foi a LUA. Cheia de gente, cheia de mistérios, cheia de desejos inimagináveis...
E agora ele CEGO.
Os anos se passaram e ele continua a repetir, muitas vezes agora com uma velha bengala de companhia “FOI A LUA, foi a lua, foi a Lua...”
Foi culpa da LUA.
A LUA ME CEGOU!

(Para muitos Pajés da floresta Amazônica a LUA e cheia de mistérios, encantos e enigmas. Cuidado, a LUA também deixa marcas…)
Neca Machado
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